domingo, 1 de julho de 2012

Ultimo dia em Abadiânia, 30/06/2012

Seis horas da manha e já estava sem sono...Talvez o hábito...  Para não incomodar meu pai peguei meu tablet, meu celular e minha maquina fotográfica e fui para a mesa do jardinzinho que tem logo na porta da pousada. Comecei a escrever o meu diário.Foram dias bem diferentes, vivendo minha busca por um milagre. Toda hora ligo para São Paulo para saber se houve alguma melhora no estado de saúde da minha irmã. Uns rapazes da pousada apareceram e me chamaram para ir ver o sol nascer perto da casa Dom Inácio. Decidi ir com eles, caminhamos uns dez minutos.


Chegamos a uma parte mais elevada e estava começando o show. Começava a surgir seus raios dourados, deixando Abadiânia toda dourada. Sentia a pureza da cidade agora com a energia e a forca dos primeiros raios de sol. E essa forca que eu quero levar para minha irmã, junto com as energias magnéticas dos seres de luz.








Mas como era de esperado, meu pai ligou para o meu celular, preocupado porque eu sai... Então comecei a voltar para pousada.



Não quis alimentar briga, então cortei o assunto. Cheguei à pousada ele estava em pé, na porta, como se eu fosse uma adolescente que tivesse fazendo bobagens. Sentei-me à mesa do jardim e fiquei digitando esperando ele se acalmar. Testes que precisamos superar para não mudar a vibração.


Ai ele começou a ficar nervoso porque o café da manha não estava sendo servido ainda. Eu disse a ele que o dono da pousada avisou que no sábado o café era apos as 8hs, um pouco mais tarde dos outros dias. Mas papai estava irrequieto, e não sossegava. Andava de um lado para o outro, reclamando que estava com fome. Fui ao quarto e peguei um pacote de biscoito de polvilho para amenizar sua fome e sua ansiedade e logo o café foi servido. Já esta chegando à hora de voltar e já passou do tempo que ele agüenta. Cada um no seu limite e ele já atingiu o dele. Vou tentar fazer a minha parte e me manter serena...

Mas foi difícil ficar calmo quando meu pai percebeu que tinha perdido os documentos, foi um tal de revirar mala, abrir sacos, zíper e tudo que e canto e nada. Resolvemos telefonar para. A casa de Dom Inácio e ver se tinham achado algum documento, e nada. Fui então à loja de sucos, também nada. A Luciana, mulher do dono da pousada ficou nos ajudando a procurar, andamos na frente da pousada varias vezes... Depois de uma procura de três horas, quando já estávamos nos conformando em registrar um boletim de ocorrência para meu pai poder embarcar ele achou dentro do cobertor que estava dentro do armário. Provavelmente estava lá desde o primeiro dia que a gente chegou a Abadiânia, foi quando ele pediu o cobertor extra e não quis usar. Deve ter deixado cair e nem percebeu. Com isso já eram 13hs e estava na hora da gente almoçar antes de retornar para Brasília. Decidimos comer naquele restaurante da esquina, o Alquimista.


 A comida era simples, mas dava para encarar.






Encontramos um americano (filho de Japonês) que estava na nossa pousada e ele se sentou na nossa mesa. Ele mora em Luiz Angeles e veio ver o João de Deus.

Voltamos para a pousada, pegamos nossa bagagem e ficamos aguardando o Danilo, funcionário da pousada nos buscar. Nessa hora recebi uma mensagem do meu cunhado, minha irmã não estava conseguindo estabilizar as plaquetas. Essa noticia foi uma pontada no meu coração. Mas eu não posso duvidar, tenho que manter minha fé inabalada e acreditar que algo vai acontecer e ela ira melhorar. Para isso vim para Abadiânia, e não posso fraquejar. Sei que em alguns momentos nossa fé e testada. Agora e um desses momentos e eu não vou duvidar nenhum segundo sequer que os seres de luz já estão trabalhando para sua recuperação. Sei que o tempo do astral e diferente do nosso e os médicos da espiritualidade vão saber agir como e quando puderem interferir.

Entramos no carro para ir para o aeroporto de Brasília e o que eu podia fazer era rezar. Rezar para que toda falange de socorristas do astral fossem ao seu encontro e ministrassem todos os passes magnéticos possíveis e aplicassem a energia divina de cura em minha irmã. Meu pensamento e meu coração estão com ela em cada segundo, pedindo a todos os seres que trabalham na cura sua compaixão.
Hora de retornar...


Chegamos ao aeroporto, meu pai já estava andando mais devagar. Sentia nele o peso da dor da noticia do problema das plaquetas da minha irmã.

Faltava muito tempo para o nosso vôo, eram apenas 16hs e o nosso vôo era só as 18h15minhs. Mas como ele esta cansado não queríamos fazer nada com pressa. Despachamos as malas e fomos andando com calma ate entrar onde fazem a detecção de metal. Ali sempre demoramos, pois papai tem mil coisas que apitam. Ele tira uma chave, continua a apitar, tira outra chave, tira moedas, tira celular, tira máquina de retrato e vai tirando coisas dos mil bolsos das roupas dele. Hoje tivemos sorte, o rapaz que fez a vistoria tinha muita calma, e disse que a mãe dele também tinha setenta e poucos anos e era assim também. Depois fomos sentar para ele arrumar tudinho como estava antes. Ai descobrimos que o nosso portão era do outro lado no andar de baixo e fomos um passo de cada vez, com muita calma.

Sentamos-nos lá em baixo, ele com aquela carinha triste... Ai surgiu uma senhora (passageira também) e perguntou se o nosso vôo era o da TAM para o Rio de janeiro, pois tinha mudado o portão e agora era lá em cima. Fomos nós, devagar, de braços dados. Sentamos perto do novo portão e aguardamos.



Embarcamos e sentamos onde o papai prefere, no corredor, para poder esticar as suas pernas. Mas o espaço do avião da TAM entre as cadeiras é muito pequeno, então quando a pessoa do banco da frente reclina a cadeira ele não consegue sair. Como o braço da cadeira do corredor é fixo é uma novela para ele levantar. Quando ele voltou conversou alguma coisa com o senhor que estava na nossa fila e nesse papo descobrimos que ele trabalha com transfusão de medula. A conversa acabou nas plaquetas e ele nos disse que para fazer transfusão de medula as plaquetas precisam estar estabilizadas e quando o paciente fica triste ou nervoso o nível das plaquetas caem. Já fiquei louca para o avião chega re ligar para o meu cunhado e contar isso.

Chegamos ao Rio de Janeiro, vi o meu marido do lado de fora nos aguardando. Mas infelizmente soube que minha mala tinha sumido. Fomos até o balcão da TAM registrar o ocorrido, e cada vez meu pai ficava mais cansado... Terminado os devidos registros acompanhamos meu pai até o taxi para o Grajaú e pegamos o nosso taxi para a Barra. Eu não estava preocupada com as minhas roupas na mala e sim com a medicação que recebi lá no centro Dom Inácio prescrita pela entidade. Isso não tem substituto e poderia atrapalhar a recuperação da minha irmã. Por sorte eram dois vidros e um deles estava na minha bolsa. Era rezar para a mala aparecer e eu poder tomar o segundo frasco do suplemento. Chegando em casa achei uma peça da mala extraviada e resolvi ligar para o setor responsável em localizar a mala para agregar mais informações e descobri que minha mala tinha ido para Fortaleza, mas que em breve voltaria para minha casa.

Ufa, assim terminou minha viagem para Abadiânia e agora preciso voltar as orações e pedir aos médicos do astral tratamento intensivo para minha irmã. E claro, entrar no Facebook e agradecer as pessoas que foram doar sangue para minha irmã no Banco de sangue do hospital Albert Einstein. Da ultima vez que soube tinham comparecido 50 pessoas, mas apenas 39 puderam ser aproveitadas. Como ela está precisando de muitas plaquetas ainda não sei se é o suficiente. Mas isso é uma nova jornada que tenho que me lançar, mas só amanhã... Que os bons espíritos nos acompanhem...

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