sábado, 14 de julho de 2012

Sábado cinza, triste e cheio de saudade

Continuo acordando muito cedo... Antes do sol. Não sei por que... Talvez seja a saudade da minha irmã que não me deixa dormir profundamente... Na verdade não consigo relaxar e me entregar ao descanso desde a notícia de sua doença (um pouco mais de um ano). A angústia ainda não deixou meu coração. Tenho muitas marcas deixadas pela vida... Cicatrizes que a vida deixou, sem dó nem piedade.  Mas de todas as marcas a marca da morte é a mais profunda. Foi a apunhalada que atravessou a minha carne e chegou à minha alma. A morte é inexorável. Tem o seu tempo e por mais que a gente tente driblá-la é impossível. Tentei barganhar com os deuses para não levarem minha irmã, mas eles são incorruptíveis. Não aceitaram nenhum tipo de acordo... Nem barganha, nem promessa, nada, nada, nada. A vida é muito dura, e por mais que eu tentasse apelar para todos os anjos e santos, mesmo assim eles quiseram levar minha irmã que tanto amo. Alguns dias já se passaram, na verdade 10 dias. Não acordo mais soluçando aos prantos. As lagrimas estão diminuindo. Agora escorem mais esparsas, mais lentas, Embora o tempo amenize um pouco a dor e por vezes a saudade, as ligações afetivas não se encerram na sepultura. Esses laços de amor, principalmente os familiares são laços que nem a morte é capaz de desfazer. O Amor, essência da Vida, estende-se pelo infinito, atravessa mundos e dimensões, é mesmo indestrutível. O amor verdadeiro vai da terra às moradas do Infinito, passando com sua pureza pela ponte sublime que sustenta a comunhão entre a Terra e o Céu... Mas a mesma força que sustenta esse amor traz a saudade... Saudade que piora nos dias cinza como hoje. O dia sem sol fica mais triste... Mais um dia para me ensinar a conviver com a ausência...

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