quinta-feira, 8 de março de 2012

Relógio do sol no museu do Universo (planetário)

Semana passada estava fazendo entregas para a lavanderia com o meu entregador quando parei bem em frente ao Museu do Universo – Planetário. Bem na parede da frente do Planetário tem um relógio do sol. É bem legal voltar aos primórdios, ver como bem lá no passado se via as horas. Nesse relógio é a sombra projetada que serve de ponteiro.


Uma curiosidade: o primeiro relógio do sol foi construído por volta de 1500 AC no Egito, na época de Tutmosis III.

E ai quando eu paro para pensar sobre isso, há mais de 500 anos as pessoas vivem em função da hora, do tempo, da nossa agenda... A hora marcada para tanta coisa nos impede de ficar de pernas pro ar, sair sem destino ou hora para voltar.

Como encarar o senhor do tempo? Correndo como uma louca para tentar fazer tudo que me programo (sem nunca conseguir, porque c0loco mais atividades do que é possível fazer) ou aceitar fazer o que der? Acho que a segunda opção é a melhor. Chega de cobranças. Basta a dos outros. Passei quase meio século (caramba, to com quase 50 anos...) fazendo tantas cobranças que agora está na hora de ser menos rigorosa comigo mesma.

É o relógio do tempo me mostrou que preciso escolher muito bem como usar o meu tempo. Esse senhor, o tempo, não dá moleza para ninguém. Seja rico ou pobre todos irão sentir a sua mão e num piscar de olhos o tempo passa. Infelizmente não somos imortais. Como eu queria ser imortal e ter todo tempo do mundo para ser especialista em tudo que gosto de fazer... É verdade, gosto de fazer muitas coisas, que bom, muitas coisas me fazem feliz. Queria ser expert em todas elas (como cozinhar, fazer bolos e cup cakes, fazer artesanato – principalmente biscuit, costurar, escrever, fazer minhas leituras astrológicas, cuidar das minhas plantas – quem sabe um dia ter uma horta, ler, pedalar, nadar, caminhar na beira da praia, dançar – todas as danças, principalmente: dança do ventre, dança cigana, dança de salão, meditar, cantar cantos devocionais – principalmente mantras, ver muitos filmes, shows e peças de teatro, viajar, encontrar os amigos, dar palestras, fazer atividades sociais... Nossa se eu fosse escrever tudo que gostaria de fazer não terminaria nunca! Isso é bom por um lado, porque nunca me sinto vazia, sem o que fazer. Mas preciso escolher quais dos meus interesses são mais importantes ou estão no topo como meu passatempo predileto. E quanto mais o tempo passa, mais vou agregando novos interesses. Essa multiplicidade de interesses dentro de mim me faz ser mais criativa e com isso faço pontes entre meus interesses. Um exemplo disso foi o prêmio que ganhei do SEBRAE, que ofereci mapa astral para os clientes na lavanderia. Agora fiz outra ponte, fazendo mini bolos com flores e oferecendo para algumas mulheres ligadas a lavanderia hoje, no dia internacional da mulher. Quem sabe lá na frente, quando o senhor tempo der mais algumas passadas, alguma dessas atividades ainda se tornará outra fonte de remuneração?

Mas eu vou terminar esse post com uma pergunta que me fizeram outro dia:

Se a vida é curta, porque fazemos muitas coisas que não gostamos e gostamos de muitas coisas que não fazemos?







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